🧠 Síndrome de Munchausen por Procuração
Quando a mãe (ou outro responsável) adoece a criança — ou quando o próprio filho simula estar doente.
O que é?
A Síndrome de Munchausen por Procuração, atualmente classificada como Transtorno Factício Imposto a Outro, é uma forma grave de abuso psicológico e físico, onde uma pessoa — geralmente a mãe — inventa, exagera ou provoca sintomas de doença em uma criança sob seus cuidados.
O objetivo? Chamar atenção, receber elogios por ser uma “mãe dedicada” ou permanecer próxima da equipe médica. O comportamento é intencional, mas sem motivação financeira ou legal — trata-se de uma necessidade profunda de reconhecimento e cuidado.
Como isso acontece?
O agressor pode:
- Falsificar resultados de exames (como sangue, urina ou fezes);
- Induzir sintomas fisicamente (com envenenamento, cortes, medicamentos ou privação);
- Mentir sobre o histórico clínico da criança;
- Levar a criança repetidamente ao hospital, mesmo sem necessidade;
- Exigir procedimentos médicos complexos e invasivos.
📌 Importante: Em muitos casos, o cuidador tem conhecimento avançado em saúde e parece cooperativo, o que dificulta a suspeita dos profissionais.
E se a própria criança estiver fingindo?
Também existe a possibilidade de crianças ou adolescentes simularem sintomas em si mesmos. Isso é chamado de Transtorno Factício Imposto a Si Mesmo (Munchausen clássico).
O que pode motivar esse comportamento?
* Desejo de atenção dos pais, amigos ou médicos;
* Fuga de responsabilidades (como escola, provas ou conflitos familiares);
* Busca inconsciente por cuidados, carinho ou proteção;
* Transtornos emocionais mal compreendidos.
Neste caso, o jovem pode:
- Inventar dores, sangramentos, infecções;
- Provocar lesões no próprio corpo;
- Falsificar exames ou mentir sobre sintomas de forma convincente.
📍 Tanto na forma imposta por outra pessoa quanto na autoinduzida, os danos físicos e emocionais podem ser graves e em ambos os casos, o tratamento psicológico é essencial.
Sintomas e sinais de alerta
Seja o responsável ou a criança causando os sintomas, os sinais geralmente envolvem:
- Doenças de difícil explicação ou recorrentes;
- Longo histórico médico com muitos exames e internações;
- Melhora dos sintomas longe do cuidador ou do ambiente familiar;
- Inconsistências entre os relatos e os achados médicos;
- Conhecimento exagerado sobre doenças ou tratamentos;
- Lesões incomuns, infecções frequentes, dores inexplicáveis;
- Aparentes crises de saúde sempre em momentos de estresse emocional.
Quais os riscos?
As consequências desse transtorno são sérias:
- Danos físicos por tratamentos desnecessários;
- Trauma psicológico, especialmente na infância;
- Rompimento de vínculos familiares;
- Desenvolvimento de outros transtornos mentais (ansiedade, depressão, fobias);
Em casos extremos, pode haver risco de morte.
Estima-se que a taxa de mortalidade em casos de Munchausen por Procuração chegue a 9%.
Existe tratamento?
Sim. E ele precisa ser conduzido por profissionais capacitados, como psicólogos e psiquiatras.
O que envolve o tratamento?
- Avaliação completa para identificar a origem do comportamento;
- Trabalho terapêutico com o agressor (quando há Munchausen por procuração);
- Apoio emocional à criança ou adolescente;
- Intervenção de assistentes sociais e, em alguns casos, denúncia e afastamento da criança para protegê-la;
- Se for a própria criança simulando sintomas, o foco do tratamento será ajudá-la a entender suas emoções e desenvolver estratégias saudáveis para pedir ajuda.
O psicólogo é figura central nesse processo, ajudando a reconstruir a autoestima, os vínculos familiares e a segurança emocional.
🔎 E se você se identificou?
Você pode ter lido até aqui e percebido que algo faz sentido — talvez com alguém próximo, talvez com você mesmo.
👉 Isso não significa que você seja “ruim” ou “louco”. Significa que há algo dentro de você pedindo ajuda, reconhecimento, cuidado.
Buscar ajuda não é fraqueza. É o primeiro passo para quebrar um ciclo silencioso e, muitas vezes, solitário.
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